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Jardim de Chuva

Um Jardim de Chuva é uma solução inspirada na natureza para áreas que são muito impermeáveis, quentes, pouco resilientes e monótonas. Funciona como um grande sistema de biorretenção onde as raízes das plantas ajudam a filtrar os poluentes e sedimentos finos da água de chuva enquanto permite que se infiltre maior quantidade de água no solo. Ajuda a diminuir a temperatura do ambiente uma vez que se troca o solo impermeável por um solo permeável com plantas que refrescam o local. Também serve de alimento para a biodiversidade da fauna local e cria as conexões com os ecossistemas urbanos através do plantio consorciado. 

É uma tecnologia que torna as cidades mais resilientes aos efeitos da crise climática, possui inúmeros benefícios que vão desde a redução dos efeitos da ilha de calor, a maior permeabilidade do solo e promoção da biodiversidade local criando conexões com os ecossistemas urbanos.

O primeiro Jardim de Chuva do Rio de Janeiro foi um projeto paisagístico pensado através de processos colaborativos onde realizamos dois cursos com a consultoria da Cecília Herzog e Pierre André Martin. Escolhemos plantas que promovem a maior interação possível com o ecossistema,espécies alimentícias, medicinais, nativas, de floração abundante para atrair polinizadores e ritualísticas para proteção, de forma que o jardim compõe uma paisagem estética, dinâmica e funcional.  Também realizamos dois mutirões abertos para praticar os conhecimentos compartilhados durante as oficinas. 

Jardim Olho D’Água

O Mutirão Olho D’Água foi uma ação que utilizou técnicas da agrofloresta sintrópica para desenvolver um paisagismo funcional urbano com o objetivo de recuperar o solo em uma área histórica da cidade, realizada em colaboração com várias iniciativas da cidade do Rio de Janeiro, sua atuação foi na área dos canteiros da praça Cardeal Câmara adotada pela Fundição Progresso com a Fundação Parques e Jardins. Essa ação surgiu a partir da observação do local quando reparamos que ali existia um olho d'água da antiga Lagoa do Boqueirão, aterrada durante a urbanização do Rio de Janeiro no séc XIX. 

Desde outubro de 2016, o trabalho foi desenvolvido em mutirões mensais e contaram com a ajuda de parceiros e todos os que se interessavam. Neles aprendemos na prática o que é plantar na cidade com seus desafios e benefícios ambientais, sociais e culturais.

Com anos de implementação deste plantio e apesar de todas as dificuldades de se regenerar espaços públicos urbanos, já podemos ver resultados na qualidade do solo e na diversidade de espécies espontâneas que brotam no local, transformando a paisagem.